27 novembro, 2008

CONCLUSÃO...

A CONCLUSÃO... As dificuldades: Antes de tudo foi um duro aprendizado. Daqueles que doem, que te tiram a pele. Que você sempre acha que vai jogar a toalha no meio do jogo. Em certos momentos acreditei que eu entraria para o Hall dos que não sobrevivem ao Abração. (ou não sobrevivem a si mesmos?). Pois cumprimente a arte. Que vem sempre berrar no ouvido do artista tudo o que ele quer esconder na solidão. O que aprendi com o processo de criação coletivo do espetáculo “Estórias Brincantes de muitos Paizinhos”? (E que continuo aprendendo) A caber dentro de mim mesma. A entender verdadeiramente o que significa aceitar as diferenças, aceitar os indivíduos simplesmente por “serem”. Que cada ser é um ser único, um Deus. Um Sol. A domar minhas inseguranças, libertar minhas travas, quebrar todos os muros que insisto em levantar ao meu redor... Acreditar, confiar, se entregar cada vez mais para o grupo. Principalmente... Apesar de continuar acreditando no ser Só/Sol. É impossível negar, o quanto é bom trabalhar e viver nesse grupo, que é mais que um elenco de atores, muito mais que um grupo, muito mais que um clã. O Abração é um país. Um país onde cabe qualquer nação, livre e aberto a todos que queiram compartilhar a arte. No Abração todo mundo é legal (no sentido mais amplo que essa palavra pode ter). O Abração é o meu país, é a minha família, é minha escola de samba, é minha dor, é minha cura, é o meu conflito, é o meu refugio, é a minha religião, é a minha cachaça... E repito: apesar de continuar acreditando no ser Só/Sol, aí vai: “Vou te contar Os olhos já não podem ver Coisas que só o coração pode entender Fundamental é mesmo o amor É impossível ser feliz sozinho...”

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